A Comissão Política Nacional
(CPN) do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) está realizando nesta
segunda-feira (21), na sede nacional do Partido, uma reunião ampliada para
definir os rumos da campanha eleitoral deste ano. Na ocasião, o presidente
nacional da sigla, Renato Rabelo, fez uma intervenção que segue abaixo
(trechos):
Começa oficialmente a campanha
eleitoral. Na prática, já estava em curso desde o ano passado. Temos que
considerar a singularidade desta campanha.
Trata-se de uma campanha que
atinge maior auge de disputa em relação às anteriores e apresenta relativa
incerteza. As forças políticas conservadoras internas e externas, vinculadas à
dominância liberal financeira do capitalismo atual, não suportam mais, tudo vêm
fazendo e tudo farão para barrar um quarto mandato presidencial (16 anos) das
forças democráticas, populares e progressistas. “É demais”, julgam eles! E se
propõem a intensificar por todos os modos a contratendência reacionária.
Projeto eleitoral
Como afirmamos na nossa Resolução
a ser aprovado nesta CPN, o PCdoB realizou com sucesso suas convenções
eleitorais. Está entusiasticamente unificado, em todo o Brasil, com a campanha
de Dilma Rousseff. Pelas coligações pactuadas e candidaturas lançadas se
apresenta a real possibilidade de o Partido ampliar sua força
político-eleitoral. Assim, foi construído um projeto eleitoral que a um só
tempo desafia e estimula a militância comunista.
O PCdoB poderá eleger 20
deputados federais; aumentar sua representação no Senado Federal e praticamente
dobrar presença nas Assembleias Legislativas, com a conquista de cerca de 40
cadeiras. Ao todo, são 76 candidaturas a deputado federal e 762 candidaturas a
deputado estadual, com 8 chapas próprias. Além disso, pela primeira vez na sua
história, o PCdoB tem grande chance de eleger seu primeiro governador de
estado, com Flávio Dino no Maranhão. Nesta esfera do executivo, o Partido
participa, também, com candidaturas a vice-governador em SP, RS e RN.
O avanço das mudanças, conforme o
Partido tem assinalado, para além de uma necessária coalizão ampla, exige o
protagonismo de uma esquerda forte e dos movimentos sociais. E para que
tenhamos uma esquerda forte no Brasil é indispensável, nestas eleições, a
vitória do projeto eleitoral dos comunistas que será construída em sinergia com
a grande mobilização nacional pela vitória de Dilma e dos nossos aliados.
É hora das direções do Partido,
em todas as suas instâncias, tomarem nas mãos a tarefa de mobilizar e engajar o
coletivo militante, os filiados, os apoiadores, os amigos nesta grande jornada
pela vitória de nossas candidaturas. Como sabemos o entusiasmo e a
combatividade da militância faz a diferença nesta hora, levando nossa mensagem
à grande massa popular.
Não podemos nos curvar a nenhuma
adversidade, sobretudo ao desafio de prover nossas campanhas dos recursos
materiais e financeiros, questão fundamental que deve ser enfrentada
politicamente por todos a partir das direções e dos candidatos. Tudo faremos
para alcance da vitoria!"
No final da reunião, a Comissão
Política Nacional deverá aprovar uma Resolução Política.
- Da Redação do Vermelho