sábado, 18 de janeiro de 2020

NA CÂMARA, RITA RODRIGUES APOIA LUTA CONTRA O FECHAMENTO DA ESCOLA ESTADUAL MARIA JOSÉ

Rita Rodrigues, no meio, junto com os vereadores Gilvan e Reges Silva. Foto: PCdoB

Na tarde de ontem, segunda-feira, 13, aconteceu um ato público na Câmara de Vereadores de Jequié para debater e se opor ao comunicado do Governo Estadual que, de forma unilateral, fechou a Escola Estadual Maria José, escola de Ensino Médio, com o discurso de que estaria fazendo a municipalização.
O evento de protesto foi convocado e dirigido por RITA RODRIGUES, do Território Médio Rio das Contas, e pelo vereador REGES SILVA, do PT, que inicialmente falaram que a educação precisa ser prioridade e que uma decisão que prejudica a comunidade precisa de um posicionamento firme de todos. Na oportunidade, várias autoridades se pronunciaram, como o vereador e presidente da Câmara Tinho, também o vereador Soldado Gilvan e Beto de Lalá, todos se solidarizando com a luta da comunidade escolar, cujos alunos estão acampados na instituição depois dessa recente decisão do Governador, considerada autoritária, pois pegou a todos de surpresa.
Representando os educadores e educadoras, a APLB-Sindicato, através da dirigente Regional Dilma Santana, está na linha de frente nessa luta, participando das reuniões na escola e de outras atividades.
Segundo Dilma, a comunidade está correta em não aceitar a imposição, sobretudo por a escola histórica e uma referência para o povo da localidade, formada por muitas pessoas de origem popular. Além disso, acrescentou, a Maria José é uma escola premiada em muitos projetos do estado pela eficiência do trabalho dos professores e competência dos alunos. "Tudo isso não pode ser interrompido de uma hora para outros. Exigimos diálogo da SEC (Secretaria Estadual de Educação) com a comunidade escolar", reforçou.
Populares e a comunidade escolar protestam contra a decisão do governo. Foto: PCdoB
Representantes de todos os deputados da base do governador também se pronunciaram e deram apoio à luta da comunidade escolar pela manutenção da escola, que é de Ensino Integral, com mais de 600 alunos matriculados, sendo 500 no Ensino Médio, conforme dados de matrícula de 2019.
Organizações populares, como o Levante da Juventude, e a UNNEJE (União dos Negros e Negras de Jequié), além da presidente do Conselho Municipal de Jequié compareceram ao ato e se solidarizaram com a resistência da comunidade escola.
Já na metade do evento, apareceu o Superintendente da Educação, representando a SEC, o Sr. Rainer. Na mesa, Rita cedeu a fala para diversas pessoas presentes, inclusive para a representante dos estudantes na escola, que mostrou sua indignação com o fato ocorrido e disposição para continuar na luta.
Cartaz simboliza o sentimento de revolta contra o governo estadual. Foto: PCdoB
Na continuidade do ato, Rita leu as principais decisões da reunião pública, dentre elas a do não fechamento da escola e também a que solicita reforma na estrutura física da unidade de ensino, já com os recursos liberados.
Após ouvir diversos pronunciamentos, ao usar a palavra o Superintendente Rainer tentou justificar a decisão do governo, mas diante da reação negativa unânime dos presentes, ele falou que toda medida pode ser revista, mas que antes seria necessário uma ampla consulta e pesquisa para corrigir "os ruídos" na comunicação que poderiam ter ocorrido. Acrescentou que o fato de estar no evento já indicava a abertura para o diálogo, mesmo assim não garantiu mudança de posicionamento do governo.
Já no final, por sugestão de Rita, em acordo com o vereador Reges Silva, decidiu-se elaborar um Documento com as propostas aprovadas no ato, assinado pelas organizações e autoridades presentes, para encaminhar para a SEC, defendendo a manutenção da escola com o Ensino Médio Integral, as reformas na estrutura física e a abertura para o diálogo.