quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Manifestação em Brasília contra PEC 241 enfrenta forte repressão e medidas golpistas

Trabalhadores protestam contra a PEC 241 e contra a abertura do pré-sal. Foto: Vermelho
Sob forte esquema de segurança, com dezenas de policiais cercando a entrada do auditório e controlando a entrada das pessoas, os movimentos sociais se reuniram com parlamentares, nesta quarta-feira (5), na Câmara dos Deputados, em manifestação contra a PEC 241, chamada de PEC do desmonte do estado brasileiro. O ato, que durou três horas, dentro e fora do prédio, onde se aglomeraram milhares de manifestantes que não puderam entrar no auditório, foi marcado pelo grito de “Fora Temer”.
A manifestação, articulada pelas lideranças do PCdoB, PT, PDT, PSOL e Minoria, que começou às 10 horas e prosseguiu até as 13 horas, serviu para denunciar o plano golpista embutido nas propostas que estão em avaliação no Congresso.
Além da PEC 241, que congela por 20 anos os investimentos, parlamentares e lideranças sociais e sindicais se manifestaram contra o projeto de lei, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que acaba com a obrigatoriedade da Petrobras ser operadora de pelo menos 30% da exploração do petróleo do pré-sal. O projeto está na pauta da Câmara para ser votado ainda nesta quarta-feira .
Parlamentares e movimentos sociais e sindicais também se uniram na defesa da mobilização permanente contra o governo golpista de Michel Temer e sua agenda de retrocessos e ameaça aos direitos da classe trabalhadora.
Seguranças contra as manifestações contra a PEC 241. Foto: Vermelho

Mobilização
Entre as diversas lideranças dos movimentos sociais que se revezaram ao microfone, o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, e a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Moara Correa, se comprometeram em manter suas bases mobilizadas contra as propostas, porque reconhecem nelas uma ameaça à Petrobras e a educação brasileira.
Entre os manifestantes que conseguiram entrar no auditório, Jucelene Franco, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, do Rio de Janeiro, levantava os cartazes e acompanhava os gritos de “Fora Temer” e outras palavras de ordem. Para ela, “essa PEC é danosa não apenas para os trabalhadores da saúde, mas para todo o povo brasileiro. Eles querem fazer economia para pagar a dívida pública. É uma bolsa-banqueiro”.

Fonte: Portal Vermelho