segunda-feira, 25 de outubro de 2021

JEQUIÉ COMPLETA 124 ANOS, MAS COM COBRANÇAS POR INVESTIMENTOS SOCIAIS

 


Jequié, 124 anos. Foto: UPB

Hoje, dia 25 de outubro de 2021, Jequié completa 124 de emancipação política. Muitas homenagens justas estão acontecendo, pois o município é polo do Território Médio Rio das Contas e tem uma história de desenvolvimento e liderança regional.

Nos últimos 40 anos, porém, poucas obras de infraestrutura de maior destaque aconteceram, a exceção do Centro de Abastecimento e a reforma da Praça Ruy Barbosa. Deste período em diante, muitos governantes municipais, com algum tipo de responsabilidade e planejamento, praticamente atuaram na manutenção dos equipamentos.

Alguns, é claro, fracassaram até nessa tarefa, pois muitos equipamentos municipais de Jequié estão abandonados, em estado de destruição, como o Centro de Abastecimento, Teatro Municipal, as Velas Culturais e outros.

Mas o povo de Jequié está atento a essa situação e quer um novo momento no município. O professor de Filosofia, João Henrique, por exemplo, disse que “gostaria de ver é uma Jequié como polo baiano de desenvolvimento, pesquisa, equidade social e oportunidades para todos. Desenvolvimento e acesso amplo aos frutos do desenvolvimento”.

A questão social é um problema a ser enfrentado pelos governantes da cidade. Segundo Ramon de Jesus, webdesigner, “temos uma Jequié carente de tudo, empregos, assistência”. Por isso que ele quer “uma Jequié que realmente cuide de sua população carente, que a sociedade seja mais igualitária”.

A dura realidade do município de Jequié para a população mais carente, para o povo dos bairros periféricos, é acentuada por Josevaldo Coelho, conhecido por Zezinho, presidente da UNEGRO local. “Jequié é uma cidade com desigualdade social e racial. É uma cidade conservadora, com mais facilidades para as pessoas brancas,  mesmo com a população preta e periférica sendo a maioria  dos    desempregados”, critica.

Essa é a Jequié, a aniversariante de hoje, com potencial para retomar seu desenvolvimento e destaque regional, mas que carrega a marca da desigualdade social e da prioridade de investimentos no centro e abandono dos bairros populares.  

- Jequié Vermelho