Na edição desse dia 19 de agosto, no Jornal de Jequié, em sua coluna A Semana, o deputado colunista Euclides Fernandes (PDT) deu voz ao seu correligionário político Edmar Mendes (PDT) para ele descaracterizar e desqualificar a denúncia feita pela vice-prefeita Rita Rodrigues sobre a forma irregular de funcionamento Conjunto Penal de Jequié-BA (CPJ), na época em que Edmar foi Diretor desta instituição prisional.
Com o texto de nome “Agressão”, Euclides cita que ex-diretor do Presídio de Jequié tem colocado de público que a denúncias de Rita são infundadas. Entretanto, quem presenciou a sessão da Câmara de Vereadores na terça-feira (16) ouviu o atual Diretor, o advogado Luciano Sepúlveda, relatar os problemas gravíssimos encontrados, como a superlotação, a utilização irregular dos projetos sociais de socialização, o problema do carro da unidade que fora danificado em uso irregular, além de ter confirmado como procedentes as denúncias que foram feitas pela Vice e que estão sendo objeto de investigação, por solicitação da Secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Euclides, mostrando cumplicidade e apoio ao trabalho questionável desenvolvido por Edmar, apresenta apenas o ponto de vista de seu amigo na reportagem, não dando espaço para Rita apresentar sua opinião sobre o fato em discussão.
Rita Rodrigues contesta a atitude do colunista, deputado, dono do jornal: “Euclides deveria se lembrar de que todo órgão de imprensa é uma concessão pública e, por isso, deve primar pela verdade, e não pela manipulação dos fatos. A minha denúncia sobre a situação do presídio na gestão anterior tem como objetivo identificar as falhas já investigadas pelo ministério Público, para buscar sua correção, para se evitar a repetição dos problemas já detectados. É necessário humanizar os presídios, tratar com respeito os detentos e dar totais condições de trabalho aos agentes e demais trabalhadores que exercem essa função pública tão importante para a sociedade. Porém, a população precisa ter pessoas sérias, responsáveis e com espírito público dirigindo as instituições de segurança, como o Conjunto Penal de Jequié. ‘Agressão’ é impedir a investigação dos fatos. Segurança pública é coisa séria e sua deficiência não deve ser objeto de exploração política”, conclui Rita.