Na tarde do dia 21, segunda-feira, os servidores municipais, em assembléia geral na sede do SINDSMUJE (Sindicato dos Servidores Municipais de Jequié), decidiram paralisar as atividades das diversas Secretarias da Prefeitura Municipal de Jequié no DIA 23, quarta-feira, em protesto contra o reajuste salarial concedido pela administração do município na campanha salarial do mês passado. A presidenta desse Sindicato, Neide Sampaio, explica os motivos da luta da categoria: “ O reajuste de apenas 4% para os níveis 4,5,6 e 7 diminuiu o poder de compra dos trabalhadores e ampliou as perdas salariais dos servidores enquadrados nesses níveis salariais. Nessa situação estão incluídos os agentes administrativos, os enfermeiros, os pedreiros e outros” .
O Sindicato também protesta contra a morosidade do Governo Municipal em não enviar a proposta de estatuto dos servidores para a Câmara de Vereadores, já que a Comissão Paritária, formada por representantes do governo e trabalhadores, concluiu os trabalhadores desde novembro de 2006. “Temos um estatuto ultrapassado. A prefeitura se modernizou, tem servidores com diversas funções e direitos a serem regulamentados. O prefeito ficou de enviar o projeto para a Câmara e até agora não o fez. A protelação prejudicar a todos”, protesta a presidenta do sindicato.
A dirigente sindical ainda informa que a prefeitura está desrespeitando constantemente os direitos básicos dos servidores. “A licença-prêmio foi suspensa por prazo indeterminado, o 13º tem sido pago a menor, não se concede o vale-transporte e o adicional de insalubridade e as horas-extras não são pagas regularmente. Tudo isto gera insatisfação da categoria. A paralisação nesta quarta-feira, dia 23, também é um protesto contra a negação desses direitos”, afirma Neide.
Nesse dia, completa, os servidores irão se concentrar em frente à prefeitura, a partir das 08:00 h para realizar seu movimento em defesa de seus direitos e de um serviço público de qualidade, além de se associar ao movimento nacional contra a Emenda 3, que retira direitos históricos dos trabalhadores brasileiros.
Por Gidásio Silva