quarta-feira, 20 de junho de 2007

NO JORNAL A TARDE, NOTA DA APLB-SINDICATO SOBRE A GREVE

Nota publicitária publicada em A Tarde

NOTA PAGA PELA APLB-SINDICATO, PUBLICADA NA PÁGINA 13 DO PRIMEIRO CADERNO DE A TARDE DE 19 DE JUNHO DE 2007

Os 16 anos de abandono da educação e as perdas salariais acumuladas pelos servidores de mais de 83% estão entre os motivos que levaram Wagner a ser eleito governador da Bahia. No entanto, até o mês de maio de 2007, as escolas continuavam funcionando precariamente, com estruturas físicas comprometidas e sem verbas. Para agravar este quadro, o governo tenta impor uma política que não equipara imediatamente o piso ao salário mínimo, penalizando com menor reajuste exatamente os professores de melhor formação, desrespeitando conquistas anteriores da categoria.
Por conta de tal proposta, o professor com formação de nível médio (Nível I) terá em novembro um reajuste de R$ 56, 00. E só aí terá seu piso igualado ao salário mínimo. O professor com o curso de licenciatura curta (Nível II) receberá R$ 52,61, enquanto o professor com formação de nível superior (Nível III) terá acrescido ao seu salário apenas R$ 21,97. E os professores com especialização, mestrado ou doutorado (Nível IV) receberão só R$ 25,96 a mais.
Nossa intenção agora não é nem a de cobrar a promessa de campanha de Wagner, a qual afirmava que dobraria o salário dos professores, nem a recuperação total das perdas salariais dos últimos anos. Queremos apenas a garantia dos 17,28% de reajuste para todos os níveis.
Enquanto escutamos do governo lamúrias acerca da "herança maldita" como justificativa à opção política de negar recursos para a educação, somos diariamente surpreendidos com notícias contraditórias a este discurso. O superávit de R$ 834 milhões no caixa do Estado; o perdão da dívida de R$ 74,6 milhões das companhias telefônicas e as fraudes de cerca de R$ 19 milhões, descobertas na folha de pagamento da Bahia, totalizam quase R$ 1 BILHÃO. Valor este 100 vezes maior do que o necessário para o reajuste linear da categoria, amparado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
À nossa categoria não restou outra opção senão recusar o acordo firmado com outros servidores do Estado. Acordo este que desrespeita nossa data base e desconsidera nosso plano de cargos e salários.
Vivemos anos de governos autoritários e aprendemos ao lado de Wagner e muitos que compõem o seu governo a não nos intimidar diante de ameaças adotas agora por eles, como ação judicial e corte de salários.
Continuamos dispostos a negociar, solicitamos a mediação da CUT, mas o governo mantém intransigente e não negocia.
Retornaremos imediatamente ao trabalho, tão logo o governo dê sinais de que cumprirá suas promessas, diferenciando-se na prática, dos governos anteriores, apresentando uma proposta de reajuste verdadeiramente compatível com os recursos disponíveis no Estado e priorizando a educação.19/06/2007 APLB-Sindicato.
PUBLICADA NA PÁGINA 13 DO PRIMEIRO CADERNO DE A TARDE DE 19 DE JUNHO DE 2007
19/06/2007 APLB-Sindicato