Na entrevista a seguir, a Diretora Regional Centro Oeste da APLB-Sindicato, DILMA SANTANA, apresenta um panorama da luta dos professores em toda região de Jequié. Ela fala que, apesar das negociações feitas até então, o Governo do Estado não avançou em uma proposta salarial que contemple as reivindicações da categoria. Pelo contrário, “ele piorou a situação ao diminuir o percentual entre os níveis salariais e ameaçar o Sindicato com um mandato judicial”, declara Dilma.
JEQUIÉ VERMELHO – Desde o dia 08 de maio os professores e professoras do Estado da Bahia estão em greve. Como está o nível de mobilização da categoria?
DILMA SANTANA – A mobilização da categoria está satisfatória em toda Bahia. Em nossa região, Jequié está com mais de 80% de adesão. Isto é uma grande referência para os outros municípios. Em cidades como Jaguaquara, Maracás, Ipiaú e outras, a greve está consolidada em todos os níveis de ensino. Nas cidades pequenas, como Dário Meira, Itagiba, Itagi, Aiquara, Jitaúna e Itiruçu a paralisação está acontecendo plenamente, principalmente nas grandes escolas.
JEQUIÉ VERMELHO – Quais os motivos da luta ainda continuar?
DILMA SANTANA – Desde o início de janeiro o Governo recebeu a pauta de reivindicação da categoria, tanto nas questões relacionadas às propostas de melhoria do ensino bem como nas questões salariais. Desde de 2006 os professores dos níveis iniciais estão com o salário base abaixo do mínimo. Pela primeira vez na história isto está ocorrendo. Esperava-se que no Governo de Jaques Wagner a educação tivesse um tratamento diferente. Infelizmente, até agora, a administração estadual tem tido a mesma prática das anteriores, inclusive na escolha dos gestores das escolas, que foi feita através de indicação política. Em certos aspectos, situação piorou. Com o reajuste concedido, com a redução do percentual entre os níveis salariais, todos os professores ficarão com os salários quase nivelados, independente de sua graduação. Com o reajuste de 17,28% , os níveis 1 e 2 só alcançarão o salário base de R$ 380,00 (o mínimo, por lei) em novembro. Ficarão abaixo da mínimo até lá. Os outros níveis receberão apenas 4,5% , escalonado também até o mês de novembro. Eis os motivos da insatisfação da categoria. Os professores querem um tratamento digno e de respeito conforme a importância da profissão que exercem.
JEQUIÉ VERMELHO – Quais os próximos da luta dos professores?
JEQUIÉ VERMELHO – Haverá várias reuniões nas escolas. Manifestações públicas, como a que vai acontecer em Jequié na próxima segunda-feira 4, às 15 horas junto com os estudantes, na Praça Ruy Barbosa. No mais, contamos com o apoio de toda comunidade. Só assim o Governo respeitará a luta da categoria e reabrirá as negociações com uma proposta salarial que satisfaça a categoria.
Entrevista concedida a Gidasio Silva
JEQUIÉ VERMELHO – Desde o dia 08 de maio os professores e professoras do Estado da Bahia estão em greve. Como está o nível de mobilização da categoria?
DILMA SANTANA – A mobilização da categoria está satisfatória em toda Bahia. Em nossa região, Jequié está com mais de 80% de adesão. Isto é uma grande referência para os outros municípios. Em cidades como Jaguaquara, Maracás, Ipiaú e outras, a greve está consolidada em todos os níveis de ensino. Nas cidades pequenas, como Dário Meira, Itagiba, Itagi, Aiquara, Jitaúna e Itiruçu a paralisação está acontecendo plenamente, principalmente nas grandes escolas.
JEQUIÉ VERMELHO – Quais os motivos da luta ainda continuar?
DILMA SANTANA – Desde o início de janeiro o Governo recebeu a pauta de reivindicação da categoria, tanto nas questões relacionadas às propostas de melhoria do ensino bem como nas questões salariais. Desde de 2006 os professores dos níveis iniciais estão com o salário base abaixo do mínimo. Pela primeira vez na história isto está ocorrendo. Esperava-se que no Governo de Jaques Wagner a educação tivesse um tratamento diferente. Infelizmente, até agora, a administração estadual tem tido a mesma prática das anteriores, inclusive na escolha dos gestores das escolas, que foi feita através de indicação política. Em certos aspectos, situação piorou. Com o reajuste concedido, com a redução do percentual entre os níveis salariais, todos os professores ficarão com os salários quase nivelados, independente de sua graduação. Com o reajuste de 17,28% , os níveis 1 e 2 só alcançarão o salário base de R$ 380,00 (o mínimo, por lei) em novembro. Ficarão abaixo da mínimo até lá. Os outros níveis receberão apenas 4,5% , escalonado também até o mês de novembro. Eis os motivos da insatisfação da categoria. Os professores querem um tratamento digno e de respeito conforme a importância da profissão que exercem.
JEQUIÉ VERMELHO – Quais os próximos da luta dos professores?
JEQUIÉ VERMELHO – Haverá várias reuniões nas escolas. Manifestações públicas, como a que vai acontecer em Jequié na próxima segunda-feira 4, às 15 horas junto com os estudantes, na Praça Ruy Barbosa. No mais, contamos com o apoio de toda comunidade. Só assim o Governo respeitará a luta da categoria e reabrirá as negociações com uma proposta salarial que satisfaça a categoria.
Entrevista concedida a Gidasio Silva