Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), ''o desaparecimento do senador e ex-governador Antonio Carlos Magalhães encerra um ciclo histórico e político da Bahia e do País.'' A deputada manifestou sua solidariedade aos familiares e amigos pelo falecimento do político baiano e afirmou que, do ponto de vista político, o ciclo de poder fruto do amálgama das diversas oligarquias locais, marcado pelo controle autoritário da máquina estatal não se manterá intacto.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) também concorda com Alice. “A morte do senador significa o fim de uma trajetória política que estava visível a decomposição dessa força política. A nossa manifestação nesse momento é de solidariedade com os familiares, mas é importante registrar o fim de uma trajetória e de um projeto político que trouxe graves prejuízos para o nosso Estado e para política brasileira”, afirma.
A direção nacional do Partido Comunista do Brasil também enviou de condolências à família do senador. A nota é assinada pelo presidente do PCdoB, Renato Rabelo.
Ao saber da morte do senador Antônio Carlos Magalhães, o coordenador da Bancada da Bahia no Congresso Nacional, deputado federal Walter Pinheiro (PT/BA) declarou que sente a morte de ACM, mesmo tendo passado a vida em discordância com o senador. “Sinto a morte de uma pessoa, que apesar de nossos caminhos diferentes e nossas divergências políticas, conseguiu construir um grupo forte na Bahia, ao longo de 50 anos. Agora, compete a esse grupo, ao qual ele pertencia, traçar seus rumos, com um aumento de responsabilidade para aqueles que ficaram”, destacou.
Herdeiros políticos
Após a morte do filho Luís Eduardo Magalhães, em abril de 1998, Antonio Carlos Magalhães Neto se tornou o principal herdeiro político de ACM. Um dos mais jovens parlamentares do Congresso Nacional, ACM Neto, 28 anos, está em seu segundo mandato na Câmara.
O primeiro suplente de Antonio Carlos Magalhães é o filho mais velho dele, Antonio Carlos Júnior. Ele é empresário e professor universitário. O segundo suplente é Hélio Corrêa. Em 2001, em entrevista a agência da Folha, Antonio Carlos Júnior anunciou que não tinha escolhido ser suplente do senador. ''Virei suplente do senador por uma decisão dele. Ele me comunicou, e eu respeitei'', disse o empresário, presidente da Rede Bahia de Comunicações, um conglomerado formado por 14 empresas e cerca de 1.100 funcionários que retransmite a Rede Globo no Estado.
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Fonte: www.vermelho.org.br