quarta-feira, 4 de julho de 2007

POR CAUSA DA GREVE, PROFESSORES SÃO PUNIDOS NO COLÉGIO MILITAR MAGALHÃES NETO

Realmente, o ambiente democrático que se consolida no Brasil e na Bahia parece que não é do agrado dos militares que dirigem o Colégio Militar Prof. Magalhães Neto, em Jequié. Nesse colégio, cinco professores foram punidos, colocados à disposição da DIREC-13, porque participaram da greve que foi liderada pela APLB-Sindicato.
A postura da direção do colégio militar foi bem diferente da decisão adotada pelo Governo do Estado. Mesmo após 52 dias de greve dos professores, o Goveno retomou as negociações antes do término do movimento no dia 03/07 (terça-feira), inclusive com o compromisso de não haver punições e avançar na negociação da pauta apresentada pelo sindicato. É bom que se diga que, apesar de existir um convênio com a Sec. de Segurança Pública, o Colégio Militar M. Neto é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação, onde os professores são lotados.
O militares que dirigem a escola, cujo diretor é o sr. capitão Nonato, até agora não entregaram nenhum documento oficial que justifique a punição dos docentes Josevaldo Souza, Caroline Moraes, Cláudia Souza, Miriam A. Pinheiro e Iara Tamandaré, todos professores concursados que trabalham na escola há mais de 12 anos; portanto, muito antes do Col. Magalhães Neto ter sido colocado sob a administração militar em junho de 2006.
-- Não aceitamos nenhuma intransigência com o trabalhador, principalmente no contexto de um Governo que se elegeu com um discurso democrático. Todos conhecem nosso compromisso com nossos alunos e com a educação. Na greve, estávamos lutando pela valorização profissional e por uma escola pública democrática e de qualidade - protesta Caroline Moraes, vice-Coordenadora da APLB-Sindicato Delegacia do Sol, professora que também sofreu retaliação.
O Sindicato, continua Caroline, vai denunciar a atitude arbitrária da direção do Colégio Militar Magalhães Neto em vários setores da sociedade, a exemplo da Câmara de Vereadores, Assembléia Legislativa, Comissão de Direitos Humanos e outras instâncias governamentais e da sociedade civil e movimento popular.
(Por Gidasio Silva)