A responsável pelo trabalho de Mulheres junto à Comissão de Movimentos Sociais do PCdoB, Liége Rocha, se reuniu nesta sexta-feira, dia 29, com integrantes do Fórum Permanente sobre a Questão da Mulher. Entre os membros que compõem o Fórum – que será aprovado na próxima reunião do Comitê Central, dias 6 a 8 de julho – estiveram presentes Ana Rocha, Julieta Palmeira e Lúcia Rincón. O objetivo da reunião foi debater questões imediatas da luta das mulheres. O destaque ficou para 2ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, convocada pelo governo Lula através da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
Liége ressaltou a importância da participação de todas as comunistas nas conferências estaduais, que se realizam até 15 de julho. “Com a participação das mulheres do PCdoB, será possível contribuir para o aprofundamento de temas como a reforma política democrática com a participação das mulheres e a garantia da maior inserção das mulheres nas instâncias de poder, a real implementação da Lei Maria da Penha e a abordagem do aborto como questão de saúde pública e em defesa da vida, não esquecendo a necessidade de se lutar pela redução da mortalidade materna”. Para Liége, “a função social da maternidade precisa ser reforçada no processo de discussão do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres”. Ela enfatizou também o combate aos esteriótipos na educação e na comunicação, além da defesa dos direitos sexuais e reprodutivos.
Outra questão abordada durante a reunião é a defesa do SUS como bandeira feminista. “Entre os aspectos fundamentais da discussão do SUS para a saúde da mulher estão os princípios da integralidade e da universalidade”, ressaltou Liége.
Segundo a dirigente comunista, a defesa do Sistema Único de Saúde deve ser “uma bandeira de luta não apenas das mulheres, mas também de profissionais da saúde, de gestores públicos e de todas as forças políticas e dos movimentos sociais comprometidas com a melhoria dos serviços públicos para a população e, mais especialmente, para as mulheres”. Com isso, diz, “esperamos que as mulheres tenham à sua disposição aparelhos públicos e profissionais preparados para lidar com questões hoje polêmicas como planejamento familiar e aborto”.
Com relação à escolha de delegadas para a conferência, Liége disse esperar “que se consiga um número significativo de representantes da corrente emancipacionista na conferência nacional”. Para isso, espera o empenho das direções estaduais do PCdoB. Também foi tema de debate o congresso da UBM previsto para ser realizado em novembro deste ano, com as perspectiva de mobilizar 10 mil mulheres de todo Brasil.