Celso Argolo considerou o ano de 2007 muito rico para o Partido. “Continuamos na luta popular, ajudando as entidades a fortalecerem suas lutas. No plano político, aprofundamos nossa avaliação sobre a gestão do atual Prefeito e verificamos que ele não estava correspondendo com os compromissos feitos durante a campanha, tanto para o povo quanto na relação com os aliados. Diante disso, o Partido chegou à conclusão de que não havia mais motivo que justificasse a continuidade de nossa participação do Governo. Por isso rompemos politicamente com o Prefeito Reinaldo, desde o ano passado”, completa.
Celso, ainda, detalhando sua opinião, pontua três razões que quebraram a expectativa positiva inicial que se tinha no Governo e que determinaram seus fracasso atual:
-- Esperávamos que ele viesse para o campo popular, consolidando o discurso da Coligação Avança Jequié, que era de instaurar uma nova forma de governar, democrática, participativa transparente, diferente dos métodos do passado. Isso não aconteceu – disse a primeira.
-- Faltou e falta dinamismo da gestão. Continuam os problemas nas diversas áreas, como Educação, Saúde e geração de emprego e renda, e o Governo não age, fica na inércia diante dos problemas mais reclamados pela população. A administração demonstra não ter meta, não ter planejamento. Está sem rumo, mesmo assim diz que não tem recursos para investir em quase nada – falou a segunda razão.
-- O Governo se fechou para a sociedade, para o diálogo constante com as organizações populares e empresarias. As questões fundamentais do município eram e são decididas nos Gabinetes, com um pequeno grupo. Por isso que o Governo não acerta e se transformou numa administração antipopular – declarou a terceira razão.
Mesmo diante dessa situação, o Presidente do PC do B considerou que, em alguns aspectos, a participação no governo foi positiva para o Partido. “Adquirimos experiência administrativa através de muitos de nossos quadros em várias áreas. O Partido, que também tem a vice-prefeita, se sente preparado para Governar o município. Esse foi o maior saldo depois dessa passagem na administração. Nos espaços que ocupamos, vimos o quanto é possível trabalhar com seriedade e atender as demandas da população”, disse.
Levando tudo isso em consideração, informa Celso, a Conferência Municipal do Partido, realizada no mês de outubro, decidiu, do ponto de vista político, que “nossa organização partidária deveria luta pela unidade do campo popular e de esquerda no próximo pleito municipal”.
Ainda, segundo Argolo, compreendeu-se, naquele momento, que “estavam criadas as condições para um Governo Popular governar bem, pois as forças de esquerda têm grande presença nos Governos do Estado e Federal. Sempre defendemos a unidade do campo popular em torno de princípios e de um projeto que faça Jequié se desenvolver plenamente, como necessário. Em outros momentos isso não aconteceu, esperamos que para a eleição do próximo ano aconteça”.
Mesmo com essa determinação de lutar pela unidade do campo popular e de esquerda, o PC do B entende que o processo de escolha do nome para o executivo e as coligações proporcionais deve ser definido com uma certa antecedência do pleito, definindo alguns princípios e compromissos, bem como as linhas do Programa de Governo a ser apresentado à sociedade. “Não podemos ficar no compasso de espera. Os campos políticos já estão se delineando. O Partido tem nomes a apresentar para a discussão e composição da chapa majoritária e proporcional. Entendemos que o bom senso deve prevalecer. Todas as forças devem ser valorizadas. Porém, o que deve prevalecer é o clima de união de todos para enfrentar a batalha eleitoral e governar bem Jequié”, concluiu Celso Argolo.