segunda-feira, 30 de abril de 2007

Renato Rabelo: sem mudança na CUT, CSC tende a sair

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) corre o risco de passar o 1º de maio de 2008 menor do que passará o de 2007. É que ninguém descarta a possibilidade de a Corrente Sindical Classista (CSC), ligada ao PCdoB, seguir o embalo do bloco parlamentar de esquerda e buscar um distanciamento da CUT.


O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, diz que a corrente tem cobrado mais democracia interna e considera que é preciso mais transparência. "Se não houver mudança, a tendência é a Corrente Classista se retirar da CUT e se juntar a outros grupos para formar uma nova central."

Segundo o jornal Correio Braziliense, a data para essa decisão não está tão longe. "Assim que o PCdoB estiver com o bloco de esquerda (PCdoB, PSB, PDT ) consolidado no plano político, vai jogar sua força para organizar uma nova central."

A saída da CUT não é a única decisão comunista em relação ao PT. O PCdoB planeja disputar a prefeitura de, pelo menos, 19 capitais. Ou seja, querem sair da sombra dos petistas e mandar um recado ao Palácio do Planalto: a aliança em torno de Lula continua firme, mas sem submissão ao PT.

As razões da crise

As divergências na área política e programática é o que levam o PCdoB a reavaliar sua participação dentro da CUT e seu futuro junto a entidade. "O problema existe, mas não há nenhuma decisão ainda", pondera Renato Rabelo. "Faz cinco anos que os mesmos questionamentos vem sendo levantados e nada mudou. Estamos ainda construindo uma posição clara - mas existem setores que falam sobre a possibilidade de se retirar da CUT."

Segunda maior força da central - da qual tem o vice-presidente, Wagner Gomes -, a CSC reclama principalmente, segundo Rabelo, da falta de democracia interna e transparência em seus procedimentos. "Estamos fazendo um exame dessa relação. Há pontos críticos com o campo majoritário da CUT que hoje está no comando para serem ajustados", afirma Milton Alves, presidente do PCdoB no Paraná e membro do Comitê Central.

"Além disso", diz o comumista, "acreditamos que é necessário atualizar algumas bandeiras, democratizar mais a entidade e ser mais independente quanto ao governo". Apesar de não haver definição sobre os próximos passos, o PCdoB não pretende ficar refém da CUT. "Existem no Brasil 14 centrais. A Corrente Classista pode se juntar a outros setores sindicais, não precisa fazer uma nova central e ser uma corrente pequena", explicou o presidente da legenda.

Segundo Milton Alves, o campo majoritário da CUT enrijeceu em torno de um só tema - daí a necessidade de renovar, de acompanhar novas tendências

Da Redação, com Correio Brasiliense e DCI

Leia também: PCdoB debate rumos da CSC e questiona relação com a CUT

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Base aliada votou contra a criminalização da juventude

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quinta-feira, por 12 votos a 10, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal no país. O texto, do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), propõe a redução, mas estabelece o regime prisional somente para jovens menores de 18 anos e maiores de 16 que cometerem crimes hediondos. O relatório do senador pefelista é carregado de argumentos conservadores. Em entrevista, o senador deixou transparecer o caráter revanchista de suas propostas ao afirmar que a aprovação do texto era uma vitória sobre "o velho esquerdismo".



A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quinta-feira (26) por 12 votos a 10 a proposta do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) de reduzir a maioridade penal. O debate na CCJ durou mais de três horas.

A proposta relatada por Demóstenes reúne seis PECs que tramitavam na comissão com propostas para a redução da idade penal no país. O texto segue agora para votação no plenário do Senado em dois turnos. Para ser aprovado, o projeto precisa de três quintos dos votos dos senadores (49 votos). Se for aprovado no Senado, o projeto segue para votação na Câmara, também em duas sessões.

Em entrevista ao site Conversa Afiada, o senador Demóstenes Torres deixou transparecer o caráter revanchista de suas propostas ao afirmar que a aprovação do texto era uma vitória sobre "o velho esquerdismo".

"Havia uma pressão grande, principalmente dos intelectuais brasileiros que ainda estão naquele velho esquerdismo de acreditar que os crimes têm apenas causas sociais", disse Torres.

Outra proposta do senador Demóstenes Torres que o Senado já aprovou é a que cria o monitoramento de presos por meio de uma pulseira. O monitoramento seria utilizado, principalmente nos presos que cumprem regime semi-aberto. Esse projeto segue para a Câmara e se for aprovado vai para a sanção presidencial.


Base aliada votou contra

A base aliada do governo votou contra a redução da maioridade. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), contrário à mudança na lei, defendeu que o Congresso discuta punições mais severas para adultos que envolvem menores de idade em crimes ao invés de reduzir a idade penal mínima do país.

Mercadante argumentou que a maioridade penal aos 18 anos é cláusula pétrea da Constituição, ou seja, que não pode ser alterada. O senador paulista também argumentou que a exigência da avaliação psicológica para jovens delinqüentes entre 16 e 18 anos, que consta no parecer de Demóstenes, vai contra a Constituição, que não prevê a redução em nenhuma hipótese.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apoiou o voto em separado e leu letra de música que fala sobre as dificuldades de crianças pobres.

A senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) reforçou o combate à tese da redução da maioridade penal. Entre os muitos argumentos contra a mudança, disse que os jovens respondem por apenas 10% do total de delitos no país, índice estável há dez anos e abaixo da média mundial, de 11,6%. Também classificou de falha a crença de que esses crimes ficam impunes, por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "E não são excessivamente brandas as medidas previstas no ECA. Dependendo da gravidade de sua conduta, o adolescente pode ficar sem liberdade por até três anos, o que significa um sexto da vida daquele que tem dezoito anos, proporcional a uma pena de nove anos a seis anos de um adulto", salientou.

A decisão do governo de não apoiar a redução da maioridade é coerente com o discurso dos partidos de esquerda que integram a coalizão. A quase totalidade dos especialistas no assunto condenam a criminalização da juventude como medida de combate à violência. Mas a proposta de redução da maioridade, assim como ocorreu no plebiscito sobre o desarmamento, oferece argumentos fáceis para os setores conservadores manipularem a opinião pública sobre a "eficácia" das medidas repressivas.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR) --que orientou os governistas a votarem contra a redução-- disse que prender os jovens não será solução para reduzir a criminalidade no país. "O caminho não é prender o jovem, é educar. Eu vi muitos jovens morrendo, mas também vi centenas sendo recuperados", defendeu.

O senador, autor de uma das PECs que propõe a redução da maioridade, disse que mudou de idéia nos últimos anos sobre o tema. "Em 1999, dei entrada com uma das propostas que aqui está. Eu entendia que o caminho para enfrentar a violência era a maioridade. Mas eu mudei", disse.

O texto prevê que o menor de idade deve ter pleno conhecimento do ato ilícito cometido para ser submetido ao regime prisional, com a necessidade de laudo técnico elaborado pela Justiça para comprovar esse conhecimento.

A PEC também estabelece que o adolescente deve cumprir pena em local distinto dos presos maiores de 18 anos, além de propor a substituição da pena por medidas socioeducativas --desde que o menor não tenha cometido crimes hediondos, tortura, tráfico de drogas ou atos de terrorismo.

Sem conseguir maioria na CCJ, o governo agora estuda meios de barrar a PEC no plenário do Senado. Jucá afirmou que a base aliada vai tentar modificar o texto e até mesmo buscar apoio na oposição para que a proposta não tenha prosseguimento.

"O governo tem posição clara contra a redução da maioridade. O governo entende que o caminho para resolver essa questão é fazer um trabalho de educação, integração do jovem, criar oportunidades para um outro encaminhamento da questão, e não a vingança da sociedade, a reclusão do jovem. Vamos atuar no sentido de barrar o máximo possível o encaminhamento dessa questão", disse Jucá.

OAB: caminho cômodo

A decisão da CCJ repercutiu negativamente entre as entidades que historicamente trabalham em defesa dos direitos sociais e da cidadania. O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, lamentou que a Comissão tenha aprovado o relatório do senador Demóstenes Torres.

Para Britto, essa é a decisão mais cômoda para o Estado, mas não a solução para o problema da violência. “É um caminho mais cômodo pegar o adolescente que por algum motivo cometeu um delito e jogá-lo no sistema carcerário brasileiro; mas devemos perguntar se o sistema carcerário do País, uma verdadeira escola do crime, é o melhor local para reessocializar esse adolescente. Não seria melhor assumirmos nossa função de reeducá-los e prepará-los para a sociedade?”, disse.

“A OAB pensa que reduzir a idade penal é a decisão mais cômoda para o Estado, mais cômodo para a sociedade, pois faz com que não nos preocupemos com nossos adolescentes”, sustentou Cezar Britto. “Colocar o adolescente no sistema carcerário hoje pode até resolver o problema de imediato, mas o problema estará resolvido daqui a dez, quinze anos quando forem soltos, depois de viverem nessa verdadeira escola para o crime que é o sistema carcerário brasileiro?”

Segundo Britto, a expectativa da OAB é de que a decisão aprovada na CCJ não encontre apoio na maioria dos congressistas para se transformar em lei.

fonte: www.vermelho.org.br

quarta-feira, 25 de abril de 2007

MILITARES PROIBEM DIVULGAÇÃO DA MARCHA DA EDUCAÇÃO

Cartaz da mobilização, considerado uma "ameaça" para os militares do Colégio Magalhães Neto



A APLB-Delegacia do Sol está mobilizando todas as escolas de Jequié e região e a comunidade para participar do DIA NACIONAL de Luta em Defesa e Promoção da Educação Pública, no dia 25 de abril, coordenado nacionalmente pela CNTE-Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, como parte da 4ª Marcha Nacional da Educação, cujo momento principal será a manifestação pública em Brasília, nessa mesma data. Com o slogan PAGUE O PISO ou PAGUE O PREÇO, colocado nos cartazes e faixas em diversas localidades, esse movimento está reforçando a luta histórica dos trabalhadores em Educação em defesa do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), pois o projeto referente a essa questão está em discussão no Congresso Nacional. Esse movimento cívico, tão importante para a educação brasileira, que está recebendo apoio em todo Brasil, foi impedido de ser divulgado, através de cartaz, no Colégio Militar Professor Magalhães Neto por decisão da direção militar dessa Unidade de Ensino, que tem como Diretor Administrativo o Capitão Nonato. Quando a professora Caroline Moraes, professora desse Colégio e Vice-Coordenadora da APLB-Delegacia Sol questionou essa decisão antidemocrática, argumentando que o cartaz é um dos instrumentos da divulgação desse movimento em defesa de uma educação pública de qualidade e valorização profissional, o Capitão Jocevan, Diretor Adjunto dessa instituição de ensino, retrucou dizendo que “o cartaz contém uma frase ameaçadora e apregoa algo que a escola militar não concorda, que é uma paralisação”. Ele ainda disse que essa mobilização da APLB é um movimento político. Estranhando essa postura do Capitão, não sintonizada com o ambiente democrático do Brasil e da Bahia depois da eleição do novo Governador, Caroline procurou a professora Saula, Diretora Pedagógica, para explicar os motivos do movimento. Essa diretora reafirmou a posição da direção da escola, dizendo que a escola iria funcionar normalmente no dia 25, dia da mobilização e paralisação. “Os professores que participarem do movimento terão que assumir suas faltas conforme movimentos anteriores. Nesse dia, os professores paralisados serão substituídos por militares”, informou.

“Novos tempos, velhas posturas contra a liberdade de expressão. Isso não combina com Educação”, protestou a Coordenadora Geral da APLB-Delegacia do Sol, professora Claudenice Santana. Essa dirigente sindical ainda acrescentou que no dia de mobilização e em outros momentos, os trabalhadores em educação estarão nas ruas defendendo suas justas bandeiras de democratização do ensino e também um Brasil justo e democrático.


terça-feira, 24 de abril de 2007

Nova tática do PCdoB motiva encontro de prefeitos e parlamentares na Bahia


A ampliação da presença na gestão pública e a nova orientação tática nacional do PCdoB motivaram a realização na Bahia do 1º Encontro do PCdoB de Prefeitos e Parlamentares. O evento ocorreu neste sábado (21/4), em um hotel de Salvador e contou com a participação de representantes de 32 municípios baianos. O ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior e o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira participaram dos debates.

Uma política mais ousada, preconizada pelo PCdoB diante do reconhecimento de avanço democrático no país se traduz em ter como foco, no projeto para 2008, a eleição de prefeitos, sem deixar de lado o esforço de ampliação da bancada de vereadores do partido.

Essa análise tem repercussão na preparação da principal batalha política que se aproxima, as eleições de 2008, e mobilizou a direção estadual do PCdoB/BA a organizar o 1º Encontro do PCdoB de Prefeitos e Parlamentares. “A idéia é a interlocução com os gestores públicos municipais, muitos deles eleitos por outras legendas e que agora se aproximam do partido, e preparar a participação do PCdoB nas eleições de 2008”, disse Nilton Vasconcelos, secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Governo do Estado e que desempenha no PCdoB a função de secretário de Relações Institucionais.

Ministro defende valorização das cidades

A palestra inicial do evento foi feita pelo ministro do Esporte, o baiano Orlando Silva Júnior. Após a fala de abertura do evento – feita pelo presidente estadual, Péricles de Souza e das saudações do deputado federal Daniel Almeida e da deputada federal Alice Portugal – foi a vez de o ministro iniciar sua palestra analisando os avanços da política nacional com o governo Lula.

Orlando Silva defendeu o desenvolvimento brasileiro com distribuição de renda e a inserção do Brasil no mundo com soberania. Dirigindo-se aos administradores presentes, defendeu que não se pode pensar no desenvolvimento sem valorizar as cidades. “A política e as diretrizes nacionais do governo federal necessitam chegar até o município, onde vivem os cidadãos”. Ele citou os programas Luz para Todos e Segundo Tempo como exemplos de políticas nacionais que tem expressão municipal.

Desafios na gestão municipal


“O PCdoB e a gestão local” foi o tema da mesa-redonda apresentada por Edvaldo Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju e membro do Comitê Central do PCdoB. Ele se referiu a esse momento importante que se abriu com a vitória de Lula e que no Nordeste representou a derrota de oligarquias e forças conservadoras, a exemplo dos resultados eleitorais de Sergipe e Bahia.

Quanto às questões municipais, o prefeito disse que “os problemas dos municípios são os mesmos. Eles vivem os mesmos dilemas. Todo investimento grande necessita do apoio do governo federal”.


Edvaldo saudou os avanços do governo Lula na relação com os municípios, sobretudo a ampliação do índice do Fundo de Participação dos Municípios e ressaltou a importância dos programas do governo federal.

Discorrendo sobre os desafios na gestão, Edvaldo Nogueira destacou a captação e, principalmente, como serão aplicados os recursos. Ao finalizar sua intervenção no encontro, ele sintetizou: “a questão é modernizar métodos de gestão, ser eficiente no serviço público e ter o cidadão como objetivo”.

Na mesma linha, a prefeita de São Sebastião do Passé, Tânia Portugal falou sobre sua experiência na gestão do município e a necessidade de definição de prioridade das ações com a população, por meio do orçamento participativo, mas sem paternalismo, ou seja, a administração defendendo o que considera importante para os objetivos da gestão.

Vertente institucional


“O desafio do PCdoB no momento é se consolidar nesta vertente institucional.Temos que buscar criar um modelo de gestão com a cara do PCdoB. Os prefeitos do PCdoB são diferentes, não tem a prática de falta de transparência. Além disso, a partir do momento em que se é eleito, não dá para ficar se lamentando. É preciso ter ousadia e enfrentar os problemas municipais, como o da habitação e do saneamento, disse o deputado estadual Edson Pimenta, também participante como debatedor da mesa redonda “Os desafios do PCdoB na gestão local”.

“O Plano de Aceleração de Crescimento do governo Lula pode contribuir com a questão da habitação e do saneamento”, disse o deputado Álvaro Gomes, se referindo aos programas do governo federal Pró-Moradia e Saneamento para Todos.
O deputado estadual Javier Alfaya, por sua vez, chamou a atenção dos participantes para a discussão do Plano Plurianual (PPA) 2008-2011. Uma regionalização de referência, que identifique afinidades existentes entre os municípios das mais diversas regiões da Bahia, será utilizada como parâmetro para a elaboração do PPA. O deputado lembra que essa divisão do estado “é algo de maior interesse, sobretudo como parâmetro para a distribuição de recursos num estado onde 83% dos investimentos feitos, públicos e privados, são destinados para apenas 11 municípios”. Ele analisa esse fator como decisivo para as desigualdades regionais na Bahia.

Entre os administradores presentes estavam: as prefeitas Tânia Portugal (São Sebastião do Passé) e Olga Cardoso (Matina); os prefeitos Nilson Maguila Rodrigues (Correntina), Deusdete Fagundes (Igaporã) Francisco Sales (Campo Formoso) e Nino Coutinho (Iraquara); a vice-prefeita Rita Rodrigues (Jequié); os vice-prefeitos Pedro Marcelino (Alagoinhas) e João Cambuí (Livramento de Nossa Senhora); além de vários líderes municipais candidatos e candidatas a prefeito e a vereador nas próximas eleições.


O evento também contou com a participação de vários gestores públicos estaduais que fizeram breves informações sobre as ações do governo Jaques Wagner: na área de Turismo, Lessivan Pacheco; pela Empresa Bahiana de Desenvolvimento Agrícola, Hugo Pereira; pela Saúde, Alfredo Boa Sorte e Gisélia Santana; e em Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Elias Dourado. O coordenador da assessoria jurídica do PCdoB, Vandilson Costa, tirou as dúvidas sobre fidelidade partidária e regras eleitorais.


fonte: www.vermelho.org.br

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Esquerda francesa já pede votos para Ségolène no 2º turno


Antes mesmo do término das apurações dos votos da eleição presidencial francesa, ocorrida neste domingo (22), três candidatas representantes das forças de esquerda do país já saem em defesa da socialista Ségolène Royal, virtual segunda colocada no pleito.


Segundo o Ministério do Interior francês, com 72,74% dos votos apurados, o governista Nicolas Sarkozy tinha 30,45%, seguido de Ségolène, com 24,99%. François Bayrou aparecia com 18,33% dos votos, seguido do ultradireitista Jean-Marie Le Pen, com 11,24%, e do trotskista Olivier Besancenot, com 4,36%. Os sete demais candidatos tinham menos de 3% cada.

Diante de tais números, Arlette Laguiller, da Luta Operária, a comunista Marie-George Buffet, e Dominique Voynet, do Partido Verde, já declaram abertamente a preferência por Ségolène no segundo turno, marcado para o dia 6 de maio.

"Peço sem hesitar a todos os homens e mulheres de esquerda, a todas e todos os democratas que votem e façam votar no dia 6 maio em Ségolène Royal", declarou Buffet.

Entretanto, uma pesquisa divulgada neste domingo aponta que o conservador Nicolas Sarkozy conseguiria 54% dos votos no segundo turno, contra 46% da adversária socialista, Ségolène Royal. A pesquisa constata ainda que 88% dos eleitores já sabem em quem votar no segundo turno.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

NOSSO NORTE AINDA É O SUL

Os vizinhos mostram sua aprovação à política externa de Lula



O presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, foi eleito pelo partido conservador (Colorado) de seu país. No ano passado, celebrou um polêmico acordo militar com os EUA que ocasionou queixas formais dos chanceleres do Brasil e da Argentina. Confirmada a reeleição de Lula, porém, foi entusiástico: “É uma grande vitória. Creio que é um fato importante para nosso país, para a continuidade dos processos que estamos levando adiante no Mercosul”.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está na outra ponta do espectro político sul-americano, mas concorda: “Saudamos e felicitamos o povo do Brasil por essa sábia decisão”. O presidente do Peru, Alan García, trocou acusações e insultos com Chávez durante sua campanha eleitoral, mas tem com ele um ponto em comum: “Lula da Silva assegura a modernidade na região”. Evo Morales, apesar dos atritos em torno da nacionalização do gás e das refinarias da Petrobras, foi o primeiro chefe de Estado a se manifestar: “O triunfo do companheiro Lula ratifica a linha de mudança que se iniciou nos últimos anos e mostra mais uma vez que os povos seguem lutando por avanços para resolver os grandes problemas das maiorias marginalizadas do nosso continente”.

O Departamento de Estado, em Washington, emitiu um comunicado mal-humorado, que citou “escândalos recentes de corrupção” e lembrou que o “partido de esquerda de Lula não conseguiu ganhar a maioria”. Já o presidente argentino deixou clara sua preferência desde junho: “Não tenho nenhuma dúvida de que a integração se consolidará no segundo período de Lula, que irá muito bem nas eleições. Pelo menos assim esperamos a maioria dos argentinos”.

Segundo o jornal argentino Clarín, “os empresários argentinos respiraram aliviados”. Para o concorrente Página/12, “os aliados do Mercosul estão em festa”. Segundo Fabián Calle, analista do Conselho Argentino para as Relações Internacionais, “com Alckmin, não seria muito diferente, mas primeiro teria de ser convencido do projeto regional. Uma zona de livre-comércio com os EUA é materialmente inviável para a Argentina e o Brasil. Lula já está convencido”.

Como mostra a convergência de gregos e troianos na América do Sul, não se trata apenas da satisfação de líderes de centro-esquerda com a derrota do candidato mais próximo do neoliberalismo, mas também confiança na continuação de uma política externa relativamente independente e de integração regional que cria oportunidades de desenvolvimento e melhora o poder de barganha de cada país ante as grandes potências.

Na opinião de alguns analistas brasileiros, todos eles estariam errados. Na edição de 25 de outubro, uma matéria no jornal Valor afirmou que Lula preparava uma inflexão na política externa. Seus jornalistas teriam ouvido de um “ministro próximo de Lula” que Samuel Pinheiro Guimarães e Marco Aurélio Garcia, articuladores da política externa do primeiro mandato, seriam despachados para “exílios dourados” em embaixadas na Argentina e na França. Segundo supostos interlocutores do presidente, o governo pretenderia voltar-se para os países ricos, especialmente os EUA, e falar mais duro com vizinhos como a Venezuela e a Bolívia. Haveria uma avaliação “no governo” de que a atual política teria levado o Brasil a perder todas as disputas por cargos importantes em órgãos multilaterais, azedar relações com vizinhos, distanciar-se dos ricos, criar alianças improdutivas com emergentes e isolar-se das principais negociações comerciais.

Ao site Carta Maior, Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT, qualificou a matéria de “mentirosa” e garantiu que a política de integração sul-americana será aprofundada. Kjeld Jacobsen, também dessa área do partido, acredita que o jornal fez uma matéria sobre a avaliação de pessoas ligadas ao Itamaraty que compartilham o ponto de vista do PSDB e do candidato derrotado, como o ex-embaixador nos EUA Rubens Barbosa.

Os fatos não respaldam uma avaliação da atuação do Itamaraty tão negativa quanto a do jornal. Nem todos os objetivos da política externa foram atingidos, mas não há como dizer que o país se isolou ante seu sucesso ao articular o G-20, que conseguiu inviabilizar na OMC o jogo de cartas marcadas a favor das grandes potências, ou se unir a vizinhos contra a imposição de uma Alca desastrosa aos interesses brasileiros e sul-americanos.

Os exportadores brasileiros ganharam espaço. De 2002 a 2006, o comércio global de mercadorias tem crescido 73% em termos nominais. As exportações brasileiras não se limitaram a acompanhar o crescimento da demanda externa: cresceram globalmente 131% e passaram de 0,97% para 1,36% do comércio global. Graças, principalmente, ao valor das exportações destinadas a países periféricos, que quase triplicou – cresceu 197%.

De 2002 a 2006, no período janeiro-setembro, cresceram 257% as vendas para a China nesses quatro anos, 241% para a África, 222% para a América Latina. As vendas de manufaturados brasileiros na América Latina passaram de 26% para 36% das vendas externas da indústria brasileira. Relações improdutivas?

E os EUA, mesmo que quisessem, pouco teriam a oferecer ao Brasil durante o próximo mandato. Bush júnior está prestes a perder a maioria no Congresso para os democratas, defensores tradicionais do protecionismo. Em julho de 2007 vence a autorização à Casa Branca para fechar acordos comerciais sem interferência do Legislativo – ou seja, o Trade Act de 2002, conhecido como fast track. Qualquer avanço substancial terá de esperar pelo próximo ocupante da Casa Branca e não aconteceria antes do fim do segundo mandato de Lula.

Seja como for, os primeiros passos da política externa brasileira nos dias seguintes não foram na direção anunciada pelo jornal. O Brasil continuou a apoiar a Venezuela na queda-de-braço com a Guatemala por uma vaga no Conselho de Segurança, até sair o acordo em torno do Panamá. Depois de uma semana tensa, durante a qual Evo Morales chegou a falar em ocupação militar das instalações de empresas que se recusassem a um acordo, fechou-se – à zero hora do domingo, dia da eleição no Brasil – um entendimento similar aos aceitos pelas outras nove petroleiras na Bolívia e que permitiu a ambas as partes se dizerem satisfeitas.

Em vez de uma taxa fixa de 82%, ficando o restante para cobrir despesas e remunerar investimentos, a Petrobras pagará 50% fixos, terá direito a uma parcela para cobrir despesas e remunerar investimentos e partilhará o lucro restante com a YPFB. São termos análogos aos vigentes em Angola, Nigéria e Líbia.

Segundo o ministro dos hidrocarbonetos, Carlos Villegas, a Bolívia ficará inicialmente com 50% da receita e a porcentagem vai aumentando para até 84% ao longo do contrato, numa média de 70%. As empresas ficarão com 30%. Fica pendente a desapropriação do controle das duas refinarias da estatal brasileira na Bolívia, adquiridas na privatização de 1999 por 102 milhões de dólares, cuja avaliação está para ser contratada pela YPFB. Evo sugeriu, de brincadeira, que o Brasil as presenteie à Bolívia, mas deve saber que, mesmo sendo um valor pequeno em relação ao lucro anual da Petrobras, não se pode pedir tanto a uma empresa que também tem acionistas privados.

A Petrobras abriu mão da possibilidade de recorrer a tribunais internacionais sobre esses contratos, mas não em relação ao preço do gás, a ser negociado até 10 de novembro. Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, a empresa terá uma rentabilidade superior a 15% em suas operações com gás natural na Bolívia e continuará a garantir o abastecimento do mercado brasileiro de gás. A Repsol-YPF, que celebrou acordo semelhante, diz também acreditar que os novos contratos garantem a lucratividade de seus investimentos atuais e futuros no país.

O governo de La Paz, por sua vez, ampliará sua receita com hidrocarbonetos dos 140 milhões de dólares do tempo de Sánchez de Lozada para algo da ordem de 1 bilhão de dólares anuais (mais de 12% de seu PIB) a serem aplicados em programas sociais e de desenvolvimento. Ou mais, à medida que persuadir as petroleiras a investir em aumento da produção. A Argentina já garante demanda: assinou contrato para a compra de mais 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia, além dos 7,7 milhões que já adquire. O ministro dos hidrocarbonetos estima uma receita de 67 bilhões de dólares em 20 anos, chegando a 4 bilhões de dólares por ano na próxima década. Se bem investidos, esses recursos não bastariam para fazer da Bolívia “um país como a Suíça”, como sonhou Evo ao falar do assunto, mas podem equipará-la social e economicamente com os vizinhos e torná-la um mercado atraente para empreiteiras, máquinas e bens de consumo brasileiros.

Com o Brasil ainda não há acordo nesse sentido, apesar de a YPFB dizer que a Petrobras teria prometido investir mais 1,5 bilhão de dólares – ou seja, dobrar o investimento já feito. Por enquanto, o único compromisso da empresa brasileira é investir para manter o volume de importação de 30 milhões de metros cúbicos diários até 2036, mas a demanda provavelmente a levará a aumentar sua produção. O gás da Bacia de Santos não basta para atender ao crescimento de consumo que se espera. Importar de outros países por via marítima dificilmente seria compensador do ponto de vista do preço ou da segurança.

A questão do preço parece também caminhar para um acordo. A Petrobras queria manter os termos atuais do contrato, que levariam a um reajuste de aproximadamente 19% em relação aos pouco menos de 4 dólares por milhão de BTUs e a Bolívia parece ter recuado de sua pretensão de 7,50 dólares por milhão de BTUs para aceitar algo perto dos 5 dólares já negociados com a Argentina e que também correspondem ao preço oferecido pela Venezuela.

Resta a questão do empobrecimento do gás. O produto hoje fornecido pela Bolívia é constituído de 91,8% de metano, 1,4% de nitrogênio, 0,08% de dióxido de carbono e 6,7% de hidrocarbonetos mais pesados, principalmente etano (5,58%). A Bolívia quer retirar parte desse último componente para abastecer uma usina de polietileno a ser construída por uma parceria entre a YPFB e a venezuelana PDVSA a partir de novembro – o que pode inviabilizar o projeto da Petrobras e Braskem (Grupo Odebrecht) de usar esse mesmo etano numa usina a ser construída na entrada do gasoduto no Brasil, em Corumbá (MS).

É pouco provável a Bolívia ceder nesse ponto. A usina representa uma potencial receita anual de 1,5 bilhão de dólares e a industrialização do gás, que a Bolívia até agora só exportou em bruto, foi uma das principais bandeiras do movimento social e político que levou Evo Morales ao poder. Mas a Bolívia deve aceitar compensar o Brasil no preço, já que a retirada do etano reduziria o poder calorífico do gás em cerca de 7% – de 1.033 BTUs por pé cúbico para perto de 960.

O acordo deu um precioso combustível político a Evo Morales, acossado por manifestações à esquerda e à direita e embaraçado pela necessidade (imposta pela falta de recursos) de adiar a nacionalização da mineração para o próximo ano. Também é satisfatório para o Brasil, para a Argentina e para a Venezuela e ajuda a consolidar o desenvolvimento e a integração sul-americana. Não há por que pedir mudanças drásticas nessa estratégia que continua a ser bem-sucedida.


CUT faz balanço dos protestos


De acordo com o definido pelas centrais sindicais foram realizadas paralisações de uma a três horas de duração em diversas cidades do país. Confira como foram algumas manifestações nos estados.



A CUT e suas entidades filiadas realizaram ontem, 10, diversas manifestações pelo país contra a Emenda 3 e a favor da manutenção do veto presidencial. As paralisações foram decididas durante plenária nacional que reuniu sete centrais sindicais brasileiras. “A CUT fez sua parte”, diz o sitio da entidade.

Nos locais em que a produção não foi interrompida, os manifestantes fizeram atos de rua. Foram distribuídos milhares de panfletos, esclarecendo a população sobre o perigo representado sobre a Emenda 3. Onde foram realizadas, as manifestações alteraram a rotina das cidades.

Veja como foram algumas manifestações nos estados:


Espírito Santo

Mais de 400 trabalhadores do ramo petroleiro participaram nesta manhã das mobilizações convocadas pela CUT e FUP, contra a Emenda 3, no Espírito Santo.

Em Vitória/ES, a CUT e outras centrais sindicais promoveram manifestação em frente à Assembléia Legislativa, com a presença de aproximadamente 200.

São Paulo/Capital

Bancários: Cinco mil trabalhadores paralisados no Centro Velho de São Paulo a partir das 7h

25 agências fechadas

Químicos: Mil trabalhadores paralisados por duas horas na Aché, Avon e Eurofarma

Metroviários: Distribuição de 60 mil informativos à população, alertando sobre os riscos da Emenda 3, em frente às principais estações de metrô.

Jornalistas e radialistas: Na Fundação Padre Anchieta (rádios e TV Cultura), onde 300 funcionários são PJ, houve paralisação das atividades entre as 13h e 14h.

ABC e Região/SP

Montadoras e autopeças: 50 mil metalúrgicos parados em São Bernardo e Diadema (destaque para Volkswagen, DaimlerCrhysler, Scania e Ford) por duas a três horas.

Químicos: Três mil trabalhadores paralisados por 3 horas em São Bernardo e Diadema na Davene, Coper, Basf e Pertech e Brascola.

Rodoviários: Três mil motoristas e cobradores parados das 7h30 às 9h em Santo André (12 empresas), São Bernardo (11 empresas), São Caetano (4 empresas), Mauá (3 empresas) e Ribeirão Pires (3 empresas).

Bancários: Ato na Rua Marechal Deodoro com o fechamento de 30 agências do ABC a partir das 10 horas 300 trabalhadores participaram de assembléia na Igreja Matriz

Campinas

Petroleiros: Ato unificado dos petroleiros e trabalhadores da construção civil 3,5 mil trabalhadores paralisados na Refinaria de Paulínia das 6 horas as 9 horas.

Sorocaba

Rodoviários:Cinco mil motoristas e cobradores paralisaram o transporte público das 4h às 10h; 230 mil passageiros utilizam os ônibus neste horário na região de Sorocaba

5 mil operários da zona industrial, na Castelinho, atrasaram o trabalho entre 5h e 8h.

Mogi das Cruzes

Construção Civil: 700 trabalhadores da Gyotoko, de Suzano, paralisaram a produção por 1 hora a partir das 7h panfletagem na Estação Central de Mogi das Cruzes pela manhã

Taubaté

Mil trabalhadores paralisados na Ford, de Taubaté, por 2 horas a partir das 6h 1,2 mil trabalhadores parados na LG, de Taubaté, por 2 horas a partir das 6h paralisação dos ônibus no Centro de Taubaté pela manhã manifestação no terminal urbano de Taubaté pela manhã.

Bauru

300 eletricitários paralisados na CTEEP de Bauru manifestação no Calçadão Batista de Carvalho, no Centro de Bauru.

Santos

Fechamento da Rodovia Piaçagüera no acesso ao Parque Industrial de Cubatão por 2 horas a partir das 6 horas e panfletagem. Atraso de 2 horas na produção das fábricas; 40 mil trabalhadores envolvidos de empresas como Cosipa, Refinaria, Bunge 14h panfletagem no Porto (1 mil trabalhadores) – atrasar em 1 hora jornada.

Alagoas

Na cidade de Maceió sindicalistas fizeram protesto pela manhã que reuniu cerca de 600 pessoas no Calçadão do Comércio em frente ao antigo Produban. Durante a manifestação foram recolhidas cinco mil assinaturas para abaixo assinado que será entregue ao Senador Renan Calheiros (PMDB/AL), representante do estado de Alagoas no Congresso Nacional.

Bahia

Cerca de três mil funcionários diretos e terceirizados das fábricas do pólo de Camaçari e unidades da Petrobrás paralisaram suas atividades na manhã desta terça-feira (10). No centro de Salvador, às 10h, aconteceu uma caminhada, do Campo Grande à Praça da Sé.

Brasília/DF

Cerca de 150 sindicalistas realizaram ato no Aeroporto de Brasília. Os manifestantes entregaram uma carta aos parlamentares que chegavam pedindo a manutenção do veto. À tarde, os sindicalistas visitaram a bancada do Distrito Federal para entregar o documento.

Ceará

No ponto histórico, localizado no centro de Fortaleza, várias entidades se reuniram para protestar contra a mudança da maioridade penal. Cerca de 10 mil panfletos foram distribuidos a população. Os masnifestação ficarão concentrados até às 18h e realizaram atos durante toda esta semana.

Goiânia

Em Goiânia cerca de 200 pessoas fizeram caminhada até Assembléia Legislativa. A atividade contou com participação da Federações dos Trabalhadores do Comércio, da Indústria, dos Transportes Ferroviários, Indústria dos Alimentos e do Centro Popular da Mulher.

Porto Alegre

Os gaúchos fizeram uma grande caminhada que levou às ruas de Porto Alegre trabalhadores dispostos a brigar por seus direitos e lutar contra a Emenda 3.

Os manifestantes marcharam até o prédio da Federasul (Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul), à rua Júlio de Castilhos, centro da cidade, onde protestaram contra a Emenda 3 e a posição dos empresários em relação ao piso regional.

Passo Fundo

Centenas de trabalhadores de toda região protestaram nas ruas de Passo Fundo (interior do Rio Grande do Sul) contra a Emenda 3. A caminhada partiu da Avenida Brasil, junto ao Bourbon Shopping, e foi em direção à esquina da rua Bento Gonçalves e culminou na frente do antigo Teatro Pampa com um grande ato público liderado pelas Centrais Sindicais e seus Sindicatos filiados, e pelos Movimentos Sociais.

Rio de Janeiro

Cerca de três mil manifestantes tomaram as ruas da capital carioca para alertar a população sobre os prejuízos que a emenda 3 poderá causar para a classe trabalhadora. Metalúrgicos, bancários, petroleiros e químicos paralisaram suas atividades e fizeram panfletagem no centro da cidade, na manhã desta terça-feira (10).


Fonte: Portal Vermelho

Comissão de Educação da Câmara aprova criação de cargos na Universidades Federais


A comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovou nesta quarta-feira, o Projeto de Lei 7215/06, que cria 2.300 cargos efetivos de professor universitário e 1.075 cargos efetivos de técnico-administrativo. Os novos cargos deverão ser destinados a instituições de ensino superior instaladas em 2005 e nos anos seguintes.

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o projeto consolida a instalação das universidades federais criadas pelo governo Lula, "ao contrário do governo tucano, que cortou concursos e reajustes e apostou todas as suas fichas no ensino privado, este projeto viabiliza de fato a ampliação do ensino superior em nosso país ao criar os cargos efetivos de professores e técnicos-administrativos nas universidades criadas no primiero mandato do presidente Lula" destacou Alice.

O projeto foi criticado apenas pelo ex-ministro da Educação do governo FHC, que afirmou ter dúvidas se havia a necessidade de se aumentar o quadro de professores em 5%, pois o crescimento de estudantes matriculados foi de "apenas 1,5%".

O ex-ministro e atual deputado federal por São Paulo apresentou voto em separado, onde tece críticas ao projeto, mas recomenda sua aprovação.

A matéria segue agora para as comissões de Trabalho, Finanças e Constituição e Justiça.

fonte: www.aliceportgal.org.br

Universidade Nova é debatida na Câmara


A Comissão de Educação e Cultura da Câmara foi palco, nesta terça-feira, de um intenso debate sobre o projeto "Universidade Nova". Encabeçado por 12 universidades federais, o projeto está em fase de discussão e prevê mudanças na forma de ingresso dos estudantes nas universidades - com o fim do vestibular - e na grade curricular dos cursos. O debate foi proposto pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Participaram do evento o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e um dos articuladores da proposta, Naomar Monteiro de Almeida Filho; o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Paulo Speller; o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota; o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta; a coordenadora de Educação da Federação do Sindicato de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Fátima Reis; e o representante do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) Ricardo Veiga.

O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e um dos articuladores do projeto "Universidade Nova", Naomar Monteiro de Almeida Filho, explicou que, pela proposta, o ensino superior será composto por três ciclos: um geral, chamado bacharelado interdisciplinar; um ciclo de formação profissional específica; e um ciclo de pós-graduação. Além disso, segundo o reitor, o processo seletivo precisará ser modificado, pois, em sua opinião, o vestibular é inútil. "Hoje, é apenas um exame de memorização, não de capacidade potencial", avaliou Almeida Filho. O reitor também ressaltou que a responsabilidade pela reforma universitária é das próprias universidades. "A legislação somente dará as condições para isso."

fonte: www.aliceportugal.org.br

quarta-feira, 18 de abril de 2007

VITÓRIA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE JEQUIÉ


Nesta sexta-feira 17, foi realizada mais uma grande assembléia geral dos trabalhadores em educação, na sede do sindicato, para apreciar os rumos da negociação salarial com a Prefeitura Municipal de Jequié. Nessa oportunidade, a categoria obteve informações sobre o acordo salarial feito pela direção da APLB-Sindicato-Delegacia do Sol e o executivo municipal, depois de várias reuniões e discussões da pauta que fora entregue no mês de dezembro do ano passado. “Foi um acordo vitorioso para a categoria. Conquistamos um aumento linear de 8,5% para todos os níveis salariais. Dessa forma, os trabalhadores manterão seu poder de compra”, declarou Claudenice Santana, Coordenadora Geral dessa entidade sindical. Claudenice ainda acrescenta que a luta continua, pois a categoria tem outras bandeiras de luta importantes, como a aprovação do Plano de Carreira, a democratização da gestão escolas - com eleições diretas para as direções e melhoria da infraestrutura da rede de ensino.

Além disso, acrescenta a dirigente sindical, no dia 25 deste mês haverá um Dia Nacional de Lutas em defesa e promoção da Educação, com eventos em todo Brasil, manifestações em Brasília e atividades também em Jequié nessa data, com participação dos trabalhadores em educação de todas as redes de ensino.

Moda brasileira precisa conhecer Feira de Caruaru, diz Gil


O mundo fashion brasileiro precisa conhecer a Feira de Caruaru, no agreste pernambucano, e reconhecer o poder da moda popular, afirmou o ministro da Cultura, Gilberto Gil, em evento nesta terça-feira em São Paulo.

Ao ser questionado se isso era uma crítica aos estilistas nacionais, Gil respondeu que não, mas que era preciso estimular neles e nos que estão por vir uma "visão aberta para os aspectos da dimensão sociológica e antropológica do país".

"Não é um problema só dos estilistas, é uma coisa brasileira, essa coisa de querer ser americano, ser europeu", disse Gil a jornalistas, após falar no painel de seminários Fashion Marketing, ao lado de Paulo Borges, criador do São Paulo Fashion Week, o músico e professor da USP José Miguel Wisnik e prefeita de olinda a comunista Luciana em um debate sobre identidade brasileira.

"É um problema da mentalidade colonizada, é rescaldo do fato de termos sido um país colonizado e em muitos aspectos ainda continuarmos a ser", continuou o ministro, que vestia terno Prada, além de sapato, camisa e gravata Armani. "Só a cueca é brasileira", brincou.

A Feira de Caruaru é uma das maiores atrações do Nordeste, que se estende por três quilômetros de praças e ruas com barracas vendendo couro, calçados, vestimentas e artesanatos.

"Eles têm uma capacidade extraordinária de reciclagem, usam sobras industriais de jeans e couro e uma série de outros tecidos e materiais (...) tudo isso a partir de um design muito rudimentar, simples", disse Gil, elogiando também a cadeia produtiva da cidade. "É portanto um modelo (..), pode ser inspirador."

Gil leu um discurso de 20 minutos para a platéia composta por empresários e outros profissionais do mundo da moda. Ele propôs um "rearrajando da relação do Estado com a moda".

"Quero reverter o equívoco ou omissão do passado, e dizer a vocês (...) que a moda é hoje reconhecida pelo Ministério da Cultura como parte vital da cultura brasileira", disse Gil, seguido de aplausos do público.

"(...) a economia da moda atravessa uma crise importante que vai precisar de todas as energias governamentais e não governamentais para que possamos superá-la", disse o ministro, em referência à falta de investimentos e outros problemas do setor para enfrentar a concorrência com países como a China.

Ao ser questionado sobre algum projeto do ministério ligado à moda, Gil respondeu que neste primeiro momento só havia uma aproximação "conceitual".

Sua pasta, no entanto, poderia ajudar na articulação com outras áreas, como a do Ministério da Ciência e Tecnologia, para desenvolvimento de tecidos, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que já colabora com programas de exportação.

PCdoB/BA realiza encontro de prefeitos e parlamentares


Administradores de 40 municípios e parlamentares baianos filiados e simpatizantes do PCdoB estarão reunidos neste sábado (21/4), no Hotel da Bahia, em Salvador, a partir das 9h, para discutir a política nacional, mas principalmente a situação dos municípios na nova conjuntura baiana com a eleição de Wagner governador.

A palestra de abertura será feita pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, cujo foco será a política brasileira na atualidade, sob a ótica do PCdoB. O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB) participa de mesa-redonda abordando as administração municipal. Dirigentes nacionais e estaduais da legenda estarão presentes, entre eles, o secretário nacional do PCdoB de Relações Institucionais e Políticas Públicas, Ronald Freitas, o presidente estadual Péricles de Souza, a deputada federal Alice Portugal e o deputado federal Daniel Almeida.

O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Governo do Estado e secretário de Relações Institucionais do PCdoB, Nilton Vasconcelos, disse que um dos objetivos do encontro é buscar uma maior interlocução entre os gestores para otimizar o desempenho das administrações municipais e construir o projeto eleitoral do PCdoB para 2008. A representação do Partido de Jequié também estará presente neste encontro.

Confira a programação do evento:

9h - Abertura
9h30 - Palestra: “O PCdoB e o quadro político nacional”. Ministro do esporte Orlando Silva Júnior.
10h30 - Intervalo
11h - Mesa Redonda. Tema; Os desafios do PCdoB na gestão local .Prefeito de Aracaju/SE, Edvaldo Nogueira. Debatedores: prefeita de São Sebastião do Passé, Tânia Portugal e deputado estadual, Edson Pimenta.
12h30 - Almoço
14h30 - Mesa Redonda sobre a relação dos municípios com o Governo do Estado. Gestores públicos de diversas áreas.
15h30 - Debate
17h - Encerramento

terça-feira, 17 de abril de 2007

Após cinco meses de internação, morre a atriz Nair Bello


Morreu em São Paulo, aos 75 anos, no início da tarde desta terça-feira (16), a atriz Nair Bello. O corpo da atriz será velado na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Nair Bello estava internada no Hospital Sírio-Libanes desde 11 de novembro passado, quando sofreu uma parada cardiorrespiratória. A atriz estava em um cabelereiro no bairro de Higienópolis, em São Paulo, quando passou mal e foi levada por uma ambulância à Santa Casa, onde recebeu os primeiros socorros. Depois, a atriz foi transferida para o Hospital Sírio-Libanês, onde foi internada em coma na UTI. Em 13 de janeiro, Nair Bello apresentou melhora em seu quadro clínico e deixou a UTI, mas permaneceu no hospital acompanhada de seus familiares. Em 30 de março, sofreu nova arritimia cardíaca e crises de insuficiência respiratória, retornando à UTI, onde permaneceu até esta terça.

A Carreira

Nair Bello Souza Franscisco nasceu em 28 de abril de 1931 na cidade de São Paulo e começou a trabalhar como locutora na extinta Rádio Excelsior aos 18 anos. Pouco tempo depois, passaria a trabalhar na Rádio Record. Em 1951, a atriz, que trabalhou em nove filmes, estreou no cinema em "Liana, a Pecadora". Ela viria a trabalhar no teatro apenas em 1976, em "Alegro Desbum", peça de Oduvaldo Vianna Filho.
Mas a popularidade da atriz veio com seu trabalho na TV, onde trabalhou em programas de humor e em 14 novelas, em geral em papéis cômicos. A estréia da atriz no meio foi em 1956, na TV Record. Em 1959, Nair Bello conhece seu primeiro grande sucesso, com a personagem Dona Santinha do programa "Show Ideal". Dona Santinha, aliás, seria retomada no humorístico "Zorra Total". Neta de italianos e nascida no Cambuci, a atriz seria sempre chamada para interpretar descendentes ou imigrantes italianos. Em 1978, na TV Tupi, participou da telenovela "João Brasileiro", em que interpretou a italiana Dona Pina, uma batalhadora e sofrida dona de pensão. Em 1980, destacou-se na série cômica da Band "Dona Santa", escrita por Geraldo Vietri e Marcos Caruso. Nair Bello interpretava a personagem título, uma mulher que decide ser taxista e se envolve em inúmeras confusões pelas ruas de São Paulo. A série, com 64 episódios, obteve grande sucesso por seu humor ágil, ficou no ar por uma temporada e foi reprisada inúmeras vezes pela Band. O sucesso de "Dona Santa" deu origem a nova série protagonizada pela atriz e escrita por Geraldo Vietri, "Casa de Irene", que estreou em 1983, também na Band. A casa do do título é a pensão de Dona Irene, uma matriarca italiana que vive as situações mais bizarras, com intrigas e mal-entendidos. Na Globo, era presença constante nas novelas de Carlos Lombardi: a atriz foi Dona Gema, em "Perigosas Peruas" (1992), Tônia, em "Vira-Lata" (1996), Pierina, em "Uga Uga" (2000), Dolores, em "Kubanacan" (2003). Seu último papel na TV foi Viúva Lake, em "Bang Bang", também de Carlos Lombardi e exibida na Globo. Após sua internação, Arlette Salles teve que substituir Nair Bellos às pressas. A atriz estava escalada para interpretar a avó da personagem Vanessa (Flávia Alessandra) em "Pé na Jaca", novela de Carlos Lombardi, exibida atualmente às 19h
.

Democracia nas Escolas Estaduais


“Esse compromisso, o governador Wagner já assumiu por diversas vezes, e o secretário estadual da Educação, Adeum Sauer, segue na mesma linha. Por isso, sei que teremos o prazer de, ainda este ano, votar uma mensagem do Executivo nesse sentido”, disse o deputado, em discurso no plenário da Assembléia.

Ainda no seu pronunciamento, o deputado anunciou que “na Bahia, vai acabar o tempo do coronelismo dentro das escolas, da perseguição a professores que não se enquadravam nos interesses eleitoreiros dos chefes do carlismo local. Com a implantação de eleições diretas, vai acabar a cultura de mandonismo e de ditadura dentro das escolas”.

Até a votação do projeto, o deputado propõe que a nomeação seja feita em caráter temporário. “É preciso equacionar essa situação de transição para que tenhamos um resultado positivo para a educação do nosso estado, para a educação que serve à juventude, à infância e aos adultos que precisam de escola pública nos três turnos. Aqueles que têm compromisso com a educação irão sair”, defendeu Javier.

Deputado do PCdoB, Javier Alfaya é presidente da Comissão de Saúde


No breve discurso de posse, que aconteceu na quarta-feira, dia 7, o parlamentar anunciou a sua intenção de promover debates para discutir, dentre outros temas, questões relacionados ao meio ambiente, saneamento básico, juventude e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs/Aids). “São temas relacionados diretamente à área de saúde, que também precisam ser tratados e analisados por esta Casa e pelos diversos setores da área de saúde”, observou o deputado. É intenção também do presidente realizar visitas às entidades médicas como Cremeb, Sindmed e demais conselhos profissionais.

Já na condição de presidente, Javier elogiou a decisão anunciada pela Secretaria Estadual de Saúde, que decidiu contratar três mil médicos por meio do regime Direto Administrativo (Reda) após o rompimento do contrato com a Cooperativa de Assistência Médica ao Estado (Coopamed), cuja legalidade está sendo questionada.

Javier também é membro da Comissão de Educação e da Comissão de Minas e Energia. Das 12 comissões temáticas permanentes existentes na Assembléia, sete já foram instaladas. As demais serão instaladas na próxima semana.

As reuniões da Comissão de Saúde acontecem toda terça-feira, às 11h30, na Sala das Comissões da Assembléia Legislativa (Av. Luís Viana Filho, CAB). As reuniões são abertas ao público.

Bienal do Livro da Bahia chega à sua 8ª edição,


A 8ª edição da Bienal do Livro da Bahia, a 3º maior do Brasil, que se realiza no Centro de Convenções, em Salvador, começou na última sexta-feira (13) e prosseguirá até o dia 22/4. A Bienal da Bahia é a terceira maior do país e conta com a participação de 350 expositores, entre editores, livreiros, distribuidores de livros, jornais, revistas, entidades e órgãos ligados ao livro. Além dos estandes,a Bienal possui ainda espaços paralelos, como Café Literário, Porto da Poesia, Espaço Cordel, Espaço da Poesia e Circo das Letras.

Cheia de novidades atrativas e que estimulam a prática da leitura, a 8ª edição da Bienal do Livro da Bahia, acontece de 13 a 22 de abril de 2007, no Centro de Convenções da Bahia, sempre das 10 às 22h. O maior evento literário do estado presta uma homenagem a Portugal, aproveitando a ocasião do bicentenário da “Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas”, fato que marcou o fim do Pacto Colonial. Para justificar a escolha, foram convidados o escritor Francisco José Viegas, Diretor da Casa Fernando Pessoa, e Fernanda Eunice, Diretora do Departamento de Bibliotecas e Arquivos da Câmara Municipal de Lisboa. Enquanto ele participa do “Café Literário”, conversando e trocando informações com o público, ela será vista na “Arena Jovem”, ambos espaços paralelos do evento.

Entre os escritores brasileiros convidados para o bate papo no “Café Literário”, já confirmaram presença: Amyr Klink, Diógenes Moura, Elisa Lucinda, Fernanda Young, Myriam Fraga, Moacyr Scliar, Nelson Motta, Paulo César de Araújo, Sérgio Cabral, Walter Fraga Filho e Zuenir Ventura. Cada um com seu tema e datas específicos. Além disso, a Bienal do Livro da Bahia oferece exposições, lançamentos, programas de incentivo à cultura e visitação escolar. E “o livro é sempre a estrela principal do evento”, palavras de Antônio Vieira Júnior, Diretor Nordeste da Fagga Eventos, promotora oficial do evento na Bahia desde 1996, com o apoio do SNEL, da CBaL, e do Governo do Estado.São 350 expositores, entre editores, distribuidores, veículos impressos e órgãos ligados ao livro.

Programação paralela

A programação paralela é variada. Você pode conferir, por exemplo, no Espaço Cordel, no dia 18, às 19h, a apresentação do repentista Bule-Bule e os encontros do Café Literário, espécie de sala de visitas da Bienal, que tem Fernanda Young na noite do dia 20. A roteirista e escritora fala sobre “A Poesia Literária”, no bate-papo com o também escritor Diógenes Moura. Em seguida, ela aproveita para lançar o seu mais novo projeto, um livro de poesias intitulado Dores do amor romântico. Fernanda Young assinou os roteiros das séries de televisão Os Normais e Minha Nada Mole Vida e do elogiado Muito gelo e dois dedos d’água, filme dirigido por Daniel Filho e lançado em 2006.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Jornais revelam conteúdo de livro secreto do Exército


Trecho de um livro secreto do Exército sobre o regime militar (1964-1985) foi divulgado hoje (15) pelos jornais Correio Braziliense e O Esdtado de Minas. Produzido pelo Centro de Informações do Exército (o CIE, serviço secreto), há 19 anos, a pedido do então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, o livro, com quase mil páginas, conta a versão dos militares sobre a luta armada promovida por grupos de esquerda entre 1969 e 1974.


O mistério que dura duas décadas chega ao fim. Há 19 anos, uma dúzia de oficiais da reserva esconde uma espécie de “santo graal” da linha-dura das Forças Armadas: um livro produzido pelo serviço secreto do Exército, que conta o que seria “a verdade” sobre a luta armada promovida por organizações de esquerda, entre 1967 e 1974. A obra nunca foi publicada e até mesmo seu título foi mantido em sigilo. Alguns poucos exemplares artesanais passaram de mão em mão, num círculo fechado. Apenas 40 páginas da obra (menos de 4% do total) circulam livremente pela Internet, postadas no site do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), que reúne militares e civis de extrema direita.

A repotrtagem do Correio/Estado de Minas obteve uma cópia do megadocumento, que tem 966 páginas divididas em dois tomos. A obra tem uma enorme importância histórica. Ela comprova, por exemplo, que o Exército possui informações sobre mortos e desaparecidos políticos que oficialmente nega ter. Contém ainda mentiras, manipulações, mas também informações incômodas, tanto para as Forças Armadas quanto para organizações de esquerda.

A obra começou a ser feita em 1986 como forma de responder às acusações contidas no livro Brasil: Nunca Mais, lançado no ano anterior, pela Arquidiocese de São Paulo, para denunciar a tortura e o assassinato de presos políticos na ditadura militar (1964-1985). Durante dois anos, por ordem direta do então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, cerca de 30 oficiais do Centro de Informações do Exército (CIE) — o serviço secreto da Força — trabalharam de forma sigilosa no chamado Projeto Orvil (orvil é a palavra livro ao contrário). Quando o livro ficou pronto, em 1988, foi batizado com o título de As tentativas de tomada do poder. Na época, porém, Leônidas desistiu de publicar a obra, que, rebatizada como Livro negro do terrorismo no Brasil, acabou se tornando uma relíquia militar.

Ao descrever o dia-a-dia de dezenas de organizações de esquerda, o livro cita mais de 1.700 pessoas, muitas delas ainda em atividade, como o ministro Franklin Martins (Comunicação Social), o ex-ministro José Dirceu, o governador José Serra (São Paulo) e o cantor e compositor Chico Buarque. Os dados, como é dito na apresentação do livro, foram retirados de documentos dos arquivos secretos militares.

4º Fórum de Juventudes Políticas do Mercosul Unidade em defesa da mudança a partir do Sul


A quarta edição do Fórum de Juventudes Políticas do Mercosul ocorreu em São Leopoldo (RS) entre os dias 22 e 25, anfitrionada pelo Brasil e pelas Juventudes do PT, PDT e UJS. Foi um exitoso fórum pela unidade que o marcou, abrindo uma nova página na articulação entre as juventudes políticas no Cone-sul. Cerca de 400 jovens provindos da Argentina, do Brasil, do Chile, do Paraguai e do Uruguai estiveram em plena integração durante quatro dias, acampados, debatendo as possibilidades e limites da integração e do Mercosul. Foram objeto dos debates, a luta contra o imperialismo e a integração, a questão energética e as assimetrias, a experiências de organizações juvenis internacionais, os direitos e as políticas de juventude no Mercosul, as violações dos direitos humanos, entre outros numa ampla reflexão sobre a realidade e a juventude Importantes figuras da esquerda latino-americana estiveram entre os painelistas, como o pré-candidato à Presidência do Paraguai, Fernando Lugo, Paola Pino que dirige o Instituto nacional da Juventude Uruguaia, Olivio Dutra o Secretário de RRII do PC do B, José Reinaldo Carvalho, além da jovem comunista e Deputada Federal Manuela D'avila.

www.ujs.org.br
A participação dos comunistas no governo de Wagner (PT) e as condições favoráveis para avançar com mais democracia, desenvolvimento, emprego e distribuição de renda, são temas das inserções estaduais do PCdoB no rádio e na tv aberta na Bahia, neste mês de abril.

Aos comerciais estaduais se somam os produzidos nacionalmente e que estão sendo veiculados desde o início do mês defendendo mais audácia na política.

Os vts e spots de 30 segundos foram produzidos na Bahia e a vinheta que fecha o comercial é uma produção nacional. Nas peças que serão veiculadas no mês de abril, no período das 19h às 22h30, aparecem o presidente estadual do PCdoB, Péricles de Souza, o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães e o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, defendendo as idéias dos comunistas.

Fonte: www.vermelho.org.br

Cinco mil postos de trabalho para jovens na Bahia com implantação do call center do Banco do Brasil


A mão-de-obra para a implantação do call center do Banco do Brasil, em Salvador, será recrutada entre o contingente de 35 mil jovens cadastrados no Sistema Nacional de Emprego (SINE) na Bahia, operacionalizado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O secretário Nilton Vasconcelos (FOTO), analisou nesta sexta-feira (13/4), o impacto positivo da iniciativa para aumentar o índice de empregabilidade entre os jovens.

A estimativa é que sejam gerados cinco mil postos de trabalho, diretos e indiretos, com a implantação do call center do Banco do Brasil, num investimento de R$ 40 milhões.

Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, 47% da população desempregada na Bahia está na faixa dos 18 aos 24 anos. Daí a importância da destinação de 70% dos postos de trabalho gerados com a instalação do call center para os jovens, através do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE). A Setre é habilitada para operacionalizar o programa na Bahia, o que é feito pela Superintendência de Desenvolvimento do Trabalho (Sudet).

O recrutamento dos candidatos será feito por ordem de inscrição no Sistema Nacional de Emprego (SINE). Os candidatos devem ter Ensino Médio, no mínimo, e conhecimentos de informática.

A implantação do serviço é fruto de um contrato assinado entre o Banco do Brasil e o Governo do Estado. A expectativa é que o call center ajude a dinamizar a economia da Região Metropolitana de Salvador, gerando trabalho, emprego e renda. O secretário Nilton Vasconcelos assinala que também haverá desenvolvimento de negócios na área de suporte de informática.

Fonte : www.vermelho.org


PCdoB Realizou Curso de Formação



A Secretaria de Formação do Comitê Municipal de Jequié realizou o Curso de Formação para Monitores do CBV- Curso Básico de Vídeo, nos dias 14 e 15/04/2007, das 9:00 ás 12:00 e das 14:00 ás 18:00horas na sede da APLB – SINDICATO- tendo contado com presença ilustre de Milton Barbosa, Secretário Estadual de Formação do partido.